terça-feira, 27 de abril de 2010

Aprendi...

Aprendi a lidar com sentimentos;
Sentimentos raros, sem expressões...
Aprendi a viver de contentamentos
Entre tantos atos, tantas desilusões.

Aprendi a errar, acertar e aceitar;
Errar nas escolhas dos sentimentos...
E já que não escolhemos a quem amar
Aprendi a aceitar que nem sempre vou acertar.

Aprendi bem mais do que já sabia;
Sabendo que não existe certo nem errado.
Aprendi que a vida é como a poesia:
seu sentido dura num tempo determinado.

Aprendi muito... E também ''desaprendi'';
Deixando de entender o sentido de sentir...
É muito mais subjetivo... Isso que entendi;
É muito mais além de tudo que aprendi.

A palavra ''amor''

Eu não sei se saberia
Lidar com isso um dia...
Eu não sei se falaria
Com palavras ou poesia.

Talvez eu buscasse o sentimento
para entender a expressão
Ou buscasse no pensamento
A razão da própria razão.

Eu não sei como sentiria
Algo tão inusitado.
Eu não sei como falaria
Algo que não pode ser falado.

Talvez eu sentisse calada
Para não me deparar com a dor
Ou escolhesse não sentir nada
Para não ter que morrer de amor.


(Criada dia: 19/02/2010)

domingo, 21 de março de 2010

MUNDO INDIVIDUAL

Todo mundo já é perfeito
Com seu jeito
Seu defeito
Seu costume, seu preceito...

Não existe ninguém anormal
Todo mundo é igual
Mesmo desigual,
Fora do real.

Desisti de entender
O que é defeito para um ser
Que julga tanto o saber
Sem ao menos conhecer.

Percebi que nada é diferente
E que tudo não é igual
Porque é subjetivo a cada gente
A visão do que é real.

quinta-feira, 18 de março de 2010

TALVEZ

Talvez eu tenha mesmo percebido
que na verdade não deveríamos ter insistido
como esse sentimento indevido
que tanto lamenta a dor de não ter vivido.

Talvez tudo tenha sido mesmo ilusão,
desentendimentos que não tiveram explicação,
palavras que nunca tiveram aceitação
porque falavam com a voz do coração.

Talvez tudo tenha sido mera contradição...
Vozes que se depararam com a razão
quando na verdade era a vez do coração;
o momento só dele de tomar a decisão.

Talvez tudo sirva de recordação:
o excesso de amor ou sua escassez!
E talvez tudo ainda sirva de lição
que onde nada tem certeza, tudo tem talvez.

RECORDAÇÕES

Ensina-me a esquecer-te...
Esquecer teus beijos que nunca tive,
os teus braços em que nunca estive...
Ensina-me a não mais querer-te.

Ensina-me a viver sozinha,
a ter a vida que antes era só minha,
a vida que eu não tinha pedido a Deus
porque era a vida sem a luz dos olhos teus.

Não aprendi a viver sem tua presença,
a conviver apenas com lembranças...
Porque entre tudo está minha descrença,
a minha inútil falta de esperanças.

Não aprendi a viver sem te lembrar,
por isso, ensina-me a te apagar;
Ensina-me a viver sem te esperar
ou ensina-me a viver sem te amar.

Criada dia 08 de janeiro de 2010, em Salvador, BA.

terça-feira, 16 de março de 2010

FIM DE RELACIONAMENTO (Isso não é poesia)



Criada dia: 22/12/2009
Deveria ser melhor...
É o que deveria ser...
E acabou sendo o pior,
E morreu sem nem viver.

O lema era esquecer
Depois de todo o passado...
Já que é errado amar sem querer
Já que é errado querer e não ser.

O que era verdade nem faz sentido,
O que era sonho virou desilusão,
E despertou um sentir sofrido
Que todos chamam de decepção.


O que senti ontem talvez tenha passado,
E talvez eu ainda passe por isso um dia,
Mas da próxima vez terei mais cuidado,
E falarei com palavras, não com poesia.

quinta-feira, 11 de março de 2010

PALAVRAS INCERTAS (19/01/2010)

Para não ter que falar de amor
Tenho que me calar ou esquecer.
Quem sabe, tentar esquecer a dor
A mesma que antes era razão de viver.


Para não ter que falar de mim
Tenho que fingir que está tudo bem,
Enxergar o início como se fosse o fim
De uma história que não vai nem vem.


Para não ter que falar do fim
Ainda fingimos que estamos juntos.
E tento não ver o lado ruim
De tantos rompimentos, tantos adjuntos.


Para não ter que falar de nós
Tentamos aceitar o que nos foi imposto
Que foram decisões tomadas a sós;
Provenientes de tanta angústia, tanto desgosto.


Para não ter que falar de mais nada
Preferimos ficar com as recordações
Eu, simplesmente prefiro ficar calada,
Com minhas palavras, em minhas emoções.

SONHO

Sonhei que te veria
Toda vez que eu te chamasse
Em minha poesia
Ainda que eu me calasse.

Sonhei que sonharia
Com teus olhos tão presentes
E que nunca voltaria
A ver-los tão ausentes.

Sonhei que não te conhecia,
Mas ouvia a tua voz
Como uma doce melodia
De uma canção sobre nós.

Sonhei que te amaria
E acordei te amando.
Sonhei que logo te diria
Que ainda vivo sonhando.

Amor para ser sentido

El amor, una palabra o una acción,
Un deseo, un consuelo, una pasión...
Para el amor no tenemos explicación,
Nunca lo sabemos porque no tiene traducción.


Una mirada sencilla, distinta...
Que siente mucho, mismo que nadie sienta.
Así es el amor, sentimiento increíble,
Sueño de todo sueño, poesia tan sensible.


No creo que exista amor imposible.
Creo en personas que no saben amar.
Creo que todo en el mundo es posible,
Y lo que falta son ganas de luchar...


El amor es la fuerza que me hace gente,
Lo que hoy domina mi miente
Y me translada para el presente
Mismo cuando me siento tan ausente...


El amor es mi razón de vivir.
Y no creo que debía ser diferente,
Porque el amor me hace sentir
Algo que solo quien ama siente.

quarta-feira, 10 de março de 2010

IMPERFEIÇÃO

É difícil...
Calar quando se quer falar;
Esquecer quando se quer lembrar;
Acordar quando se quer sonhar;
E parar quando se quer continuar.


Não é nada fácil...
Guardar lembranças revividas
de histórias entristecidas
Em que atuam duas vidas
Reabrindo cicatrizes de feridas.


É impossível...
Tentar esquecer o inesquecível
para tentar ao menos ser passível
E ter que aceitar amizade ou coisa assim,
para não ter que lembrar a razão do triste fim.


Salvador, 08/01/2010. (Silvani Ribeiro).

PROMESSAS

Eu não posso mais te falar de amor
porque só tenho palavras, não ações...
Palavras que até agora te causaram dor,
palavras que até agora te trazem decepções.

Eu não posso mais querer estar contigo
Porque até agora só conheci a contradição.
Já nem sei diferenciar um amor sofrido
Daquilo que sinto sem motivo e sem razão.

Eu não posso mais te prometer amor eterno
Porque até agora, eterno só o meu sofrer...
O sofrimento sim, eu o chamaria de "eterno"
Porque é a dor de viver sem te esquecer.

Eu não posso mais esperar nada de mim
Porque até agora só vejo-me decepcionada.
Decepções que me fizeram concluir, enfim,
Que de promessas não posso dar-te nada.

VOCES DEL SILENCIO

Mucha cosa cambió
Sin explicación el tiempo pasó
Y llevó consigo mis sueños
Dejando solamente planes sin dueños
del intento de volver al pasado
para corregir lo que estaba errado;
Lo que hoy me hace sufrir,
el miedo de verte partir.
Pero, el miedo ya no hace sentido
por siempre tenerte como "más que amigo
"Luego, volvería para decir
Y pedirle al Díos para bendecir..
Por tu vida y por todo que recibí
Y por todo el tiempo que viví
Me muriendo de amor por ti.

terça-feira, 9 de março de 2010

Meus Medos (05/03/2010)

Eu tenho medo de mudar...
Mudar radicalmente.
Ainda que seja devagar,
Ainda que seja lentamente.

Eu tenho medo de coisas novas
De mudar meus conceitos
Tenho medo de isso serem provas
De algum tipo de preconceito...

Eu tenho medo de não me acostumar
Com tudo que é diferente,
Medo de não suportar
O mundo todo veemente.

Eu tenho medo da mudança alheia
Da mudança do meu cotidiano
Aquela mudança que sempre anseia
No interior de todo ser humano.





ERREI...



Quando acreditei nos sentimentos alheios,
Quando esperei além do que a sorte,
Quando vivi de sonhos e devaneios,
Quando quis desafiar a prórpria morte.

Quando te vi como um ser tão diferente,
Quando na verdade era tão igual,
Quando acreditei que toda a gente
Vivia em mundo escultural (ou racional).

Quando quis enxegar o que era melhor,
Quando já não tinha mais noção,
Quando percebi que o mundo era o pior
Em sentido de entendimento, sentido de razão.

Quando esperei muito do meu semelhante
Ações que ele é incapaz de cometer.
(Acertei) Quando vi em meu semblante
O grande desejo de ser, fazer e poder.

Acertei quando decidi o meu destino,
Quando passei a acreditar mais em mim,
Quando notei que amor ou desatino,
Seja o que for... Tudo isso tem um fim.

IMPREVISÍVEL

Não há motivos para o amor imprevisível...
Não há razões para amar o impossível.
Porque nada no mundo é inacessível,
Não existe nemhum amor inatigível...

Existem pessoas incrédulas, incapazes...
Pessoas que não sabem o que é amar.
Pessoas que julgam muito ao duvidar
Que não existem contos de fadas realizáveis.

Não há motivos para tentar explicar o amor,
Não há palavras que possam nunca dizer,
Nem ao menos descrever o tamanho da dor
Quando se sente quando um amor se vê perder.

Não há motivos para reações imprevisíveis,
Não há motivos para duvidar das emoções,
Porque elas são ações tão sensíveis,
Porque são fruto dos nossos corações.

SoU pOetisA

Não fui criada para julgar
Tampouco para ser julgada...
Porque todos querem falar
e ninguém sabe de nada!

Não entendo muito da vida,
mas o entendimento é elementar
porque não sou nada desprovida
da capacidade de amar...

Meus paradigmas são flexíveis
De acordo com minhas necessidades
Mas não nada invisíveis
Diante das outras realidades.

Não perco o que nunca tive
E não sou adepta aos lamentos
Não tento viver o que não se vive
Porque não gosto de sofrimentos.

Fui criada para fazer diferente
Para dar o melhor de mim
Sentir o que só poeta sente:
amor, amor e amor, enfim.