quinta-feira, 11 de março de 2010

PALAVRAS INCERTAS (19/01/2010)

Para não ter que falar de amor
Tenho que me calar ou esquecer.
Quem sabe, tentar esquecer a dor
A mesma que antes era razão de viver.


Para não ter que falar de mim
Tenho que fingir que está tudo bem,
Enxergar o início como se fosse o fim
De uma história que não vai nem vem.


Para não ter que falar do fim
Ainda fingimos que estamos juntos.
E tento não ver o lado ruim
De tantos rompimentos, tantos adjuntos.


Para não ter que falar de nós
Tentamos aceitar o que nos foi imposto
Que foram decisões tomadas a sós;
Provenientes de tanta angústia, tanto desgosto.


Para não ter que falar de mais nada
Preferimos ficar com as recordações
Eu, simplesmente prefiro ficar calada,
Com minhas palavras, em minhas emoções.

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